O desenvolvimento da fala passa por diversos estágios e durante esse processo, tantos os bebês como os pais passam por muitos desafios. Apesar de haver estudos que apontem uma data precisa para alcançar o domínio da fala, é importante saber que cada criança tem o seu tempo e a habilidade da fala pode ser desenvolvida em períodos diferentes da infância. Vamos ver como se dá o desenvolvimento da habilidade de se comunicar através da fala.

Os três estágios básicos do desenvolvimento da fala

O desenvolvimento da fala passa por três estágios básicos, a lalação, o balbucio e a emissão das primeiras palavras completas. Como já vimos, pode haver uma variação no tempo de alcance e duração de cada estágio.

A lalação é o primeiro estágio e é caracterizada pela emissão de sons. Ela costuma ocorrer entre os três ou quatro primeiros meses de vida. Entre o sétimo e o oitavo mês começam as emissões das primeiras sílabas, esse é o segundo estágio, chamado de balbucio. O último estágio começa em média no primeiro ano de vida, onde começam as emissões das palavras completas e a ampliação do vocabulário da criança. Normalmente o desenvolvimento da fala se dá por completo até os cinco ou seis anos de idade.

Ao nascer, a criança observa tudo ao seu redor incluindo os sons emitidos por pessoas, animais e objetos. A repetição dos sons é o principal estímulo para os primeiros passos para o desenvolvimento da fala. Então é importante emitir sons e conversar com as crianças com o objetivo de estimulá-las e impulsioná-las a falar, afinal é ouvindo que as crianças aprendem a falar.

Causas do atraso na fala  

Existem diversos hábitos que podem causar o atraso no desenvolvimento da fala. Uso excessivo de chupeta, mamadeira e até chupar o dedo podem alterar a musculatura da boca podendo dificultar o aprendizado da fala. Há diversas causas que podem gerar o atraso na fala, entre eles estão:

• alterações da língua (freio de língua curto)
• dificuldades cognitivas que afetem o aprendizado
• dificuldade auditiva
• surdez de origem genética ou oriunda de infecções crônicas dos ouvidos.
• pouca estimulação das crianças
• doenças como epilepsia, paralisia cerebral ou autismo
• distúrbios da linguagem
• dificuldades na motricidade oral
• mutismo seletivo

Cada uma dessas causas devem ser investigadas e analisadas por profissionais especializados que possam conduzir a criança para o melhor desenvolvimento da fala.

Quais são os possíveis sinais de alerta?

Os pais precisam estar atentos há alguns sinais de alerta, lembrando que nem sempre esses sinais significam que há algum problema no processo de aprendizagem da fala.

• Crianças que não reagem aos sons ou que não balbuciam ou produzem sons com a voz.

• Dificuldade de compreender frases ou solicitações verbais entre 1 e 2 anos de idade
• Não tentar imitar sons ou palavras durante o mesmo período
• Preferir gestos do que a voz para se comunicar
• Após os dois anos é comum produzir palavras ou frases espontaneamente
• Repetir palavras sem sentido para a comunicação
• Tom de voz anormal ou anasalado
• Dificuldade de compreender o que a criança diz na maior parte das vezes em que fala após os dois anos.

Se o seu filho apresenta alguns desses sinais ou alguma das causas citadas anteriormente procure um profissional fonoaudiólogo. As atividades realizadas em casa com a família são essenciais para o desenvolvimento das crianças. É importante dialogar com as crianças, estimulá-las a produzir sons de animais e a se comunicar através da fala.    

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